Relatórios, Constituição e Negrão......confusão
Organização para cooperação e desenvolvimento económico, trata-se de uma associação de países que têm em comum democracias representativas, advogam a economia de livre mercado e conta com a participação dos 34 estados com o maior PIB per capita e índice de desenvolvimento humano, sendo considerados países desenvolvidos, havendo quem os designe como o “grupo dos ricos”, pois juntos produzem mais de metade da “riqueza” do planeta.
OCDE, partiu desta organização, mais um catálogo de medidas a aplicar de modo a tornarmo-nos num país “equilibrado”. Foi espantoso ver o amouco do Pedro a receber palmadinhas nas costas do Senhor Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, e ex-ministro das finanças do México, país onde impera a lei do narcotráfico e onde se matam pessoas, como quem bebe copos de água.
Sinceramente na realidade, já não sei o que me choca mais, se o facto de qualquer personagem poder alvitrar sobre o nosso destino, ou ter alguém á frente dos nossos destinos que não tem a ombridade suficiente, para honrar os seus antepassados sujeitando o seu país ao ultraje do julgamento de alguém cujo país está longe dos parâmetros e ideais considerados democráticos e socialmente justos, venha tecer considerações acerca do que devemos ou não definir como nosso futuro.
Pelos vistos subsistiam dúvidas ao Pedro em relação ao relatório sobre a reforma do estado, “encomendado” ao FMI, só assim se explica a necessidade de um novo estudo, que basicamente tem imensas semelhanças com o primeiro, logo o facto de ambos definirem medidas que coincidem na perfeição com as orientações do governo, é elucidativo da objectividade e o propósito dos mesmos. Estou cada vez mais convicto, que Pedro encara o resgate em que fomos envolvidos, como uma oportunidade de aplicar a sua doutrina, a contínua solicitação de “estudos”, a diversas organizações supostamente imparciais e idóneas, funciona como um alibi para Pedro.
É evidente que para Pedro, todos os meios são válidos para atingir os seus objectivos, tal facto tem mesmo afastado alguns históricos do partido que preside, o total desrespeito pela lei fundamental do país é disso o mais gritante exemplo, é significativo que em dois anos de legislatura, ambos orçamentos detenham medidas inconstitucionais, a este propósito não é menos preocupante que tomemos consciência que o séquito que acompanha Pedro, comunga das mesmas convicções e desconsideração pela constituição Portuguesa, o último episódio foi protagonizado pelo Senhor Fernando Negrão, que vem regatear com parcimónia, o facto de alguns julgarem legitimo e útil que os estudantes Portugueses conheçam a constituição da sua pátria, de acordo com o digníssimo deputado a lei vigente e aprovada pelo seu partido e que ele próprio na qualidade de magistrado, por diversas vezes jurou cumprir e fazer cumprir, “tem uma carga ideológica muito forte”, não sendo adequada às mentes sensíveis dos nossos jovens.
Este definitivamente é o governo dos relatórios encomendados, da subserviência e da diarreia cerebral dos actores políticos que gravitam á sua volta.