Reformismo Recessivo

26-10-2013 14:50

Do cômputo previsto para o ano de 2014, existe uma deliberação que pela sua grandeza, tem um alcance deveras gravoso.

Se por um lado seria expectável, que as medidas que compõem o orçamento de estado, incidiriam sobre os mesmos de sempre, já o aumento da idade da reforma tem um duplo efeito negativo, não só penaliza os que tinham a legitima perspectiva de uma merecida aposentação, como contribui de forma nociva para a manutenção e até provável aumento do desemprego entre os jovens, quando estamos perante a geração de jovens com uma das mais elevadas qualificações de sempre, o efeito ou a falta dele nas empresas é deveras pernicioso.

Obviamente que de acordo com os malfeitores que nos governam, não existirá alternativa ou isto, ou o estado deixa de pagar as reformas, omitem no entanto que foi o experimentalismo da troika e a estupidez exacerbada do imaturo Coelho que na aplicação da sua obstinada receita, de ir para além do memorando  resultou na falência dos apoios sociais, isto apesar dos cortes efectuados nos últimos dois anos, tanto nos subsídios de doença como no de desemprego.

Só os imbecis e incompetentes insistem na mesma experiência vezes sem conta, aguardando que esta dê um resultado diferente, e é exactamente disto que se trata, quando se baixa os ordenados, estrangula-se o consumo, destroem-se as empresas o resultado é mais desemprego, entrando assim numa espiral recessiva, não é necessário ter uma licenciatura em economia para entender que estes biltres estão a destruir o país.

De acordo com o jovem promissor (ex-scotters),Pedro Mota Soares sempre naquele registo preciso e rigoroso, com um misto sofrido de quem está aflito para ir ao WC, a idade da reforma passará a ser ajustada á esperança média de vida, ou seja fica em aberto e totalmente indefinida a passagem á aposentação, cavando ainda mais o enorme fosso intergeracional, já existente.

 Muita da estratégia desta coligação, passa exactamente por desunir os cidadãos, lançando trabalhadores do privado contra funcionários públicos, novos contra velhos, pais contra professores, médicos contra utentes, basicamente o conceito é dividir para reinar.

Infelizmente e com grande mágoa, concluo que esta estratégia tem obtido alguns resultados, muito provavelmente por falta de cultura democrática, ou por puro egocentrismo é quase “normal”, ouvir e assistir nos fóruns realizados pela comunicação social, nos chats e até em conversas de café, total anuência com as políticas que nos trouxeram até onde nos encontra-mos, como se tivessem tomados por inexplicável masoquismo, como se fosse somente o futuro dos filhos dos outros que estivesse em causa.

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