Onde Param Os Milhões?

09-08-2011 21:36

 Imaginem que por detrás do escândalo BPN, estariam dirigentes do partido socialista, ou alguém politicamente conotado com esta força política.

Imaginem que as obscuras transacções de acções do SLN, em vez de terem como protagonistas o actual, mais alto representante da república, e vários antigos colaboradores teriam porventura qualquer outra figura de quadrante político diferente.

 Será que em tal cenário o silêncio sobre o assunto em causa seria o mesmo que se tem verificado.

A atestarmos aquilo que foi a exploração exaustiva do “caso freeport”, ressuscitado quando politicamente era conveniente, creio que o “caso SLN”, teria repercussões bastantes distintas se as personagens fossem outras.

O que é feito do ex-ministro Dias Loureiro do governo do então primeiro-ministro Cavaco Silva e até á pouco tempo seu conselheiro de estado, já no seu reinado como mais alto magistrado da republica.

Segundo consta o ex-conselheiro do estado, está em Cabo-Verde com o estatuto de "refugiado politico", e ao que parece não tem em seu nome bens penhoráveis e o saldo médio da sua conta bancária não ultrapassa os cinco mil euros, o que não deixa de ser estranho se considerarmos que se trata daquele que era o braço direito do Oliveira Costa, presidente do BPN, aliás ao que parece todos os responsáveis daquela instituição estão falidos, isto apesar dos milhões de euros que continuam em parte incerta.

Provavelmente feitas as contas ainda deve ter direito ao rendimento social de inserção.

Como cereja no topo do bolo, ou a juntar a tanta merda só ficava bem um pouco do mesmo, aparece em cena mais um ex-ministro do mais alto magistrado da república, de seu nome Mira Amaral que faz em nome da república democrática de Angola (democrática só tem o nome), a melhor oferta, segundo o executivo, e leva praticamente de borla o banco já anteriormente saqueado pelos seus amigos laranjinhas.

Está assim passado mais um episódio da telenovela BPN, que ao contrário do que parece está, ainda longe de terminar ao bom estilo daquilo que pior se faz em algumas televisões da nossa praça, mas que ao contrário de outras não tem tido a devida cobertura dos médios, ou pelo menos aquela a que noutras situações os mesmos médios nos habituaram.

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