O Teatrinho do Coelho

07-04-2013 15:42

 

 

Não, não se trata de uma peça de teatro infantil, antes fosse, as linhas que se seguem retratam a postura do eleito por muitos de vós, para desgoverno dos restantes.

Nas últimas semanas, temos assistido a um sem número de ensaios, desde pressões camufladas de inocentes declarações, até a puras chantagens sobre o TC e a sua decisão sobre a constitucionalidade do OE.

Por fim ai está a decisão dos sábios juízes, e o argumento final do “teatrinho” do coelhinho, tem sido uma correria, desde conselho de ministros extraordinários, até pedidos de colinho ao senhor silva e declarações ao país, enfim um fartote de drama a roçar a comédia, não fosse a tragédia em que todos nós somos infelizmente, protagonistas principais.

Ao contrário do que o produto da industria dos fazedores de opinião, tem defendido nos espaços, generosamente cedidos pelos média, não é a constituição que se tem de adaptar ao OE, devendo ser este último, ou quem o executou ter o cuidado de que o mesmo respeite a lei fundamental do país, tudo o resto que possa ser dito é mera prosa e não passa disso mesmo.

Vir agora Pedro alegar, que o TC se cingiu á palavra de lei da constituição, abstraindo-se de todo o resto, faz lembrar aqueles putos mal comportados que foram repreendidos uma vez, (algumas das medidas agora chumbadas, já o haviam sido no último OE), mas que não aprendem. O papelzinho do pedro faz lembrar aquele cidadão incauto, que apesar de conhecer a lei, quando confrontado pelo agente de autoridade, para o facto de ter transgredido nos limites de velocidade, argumenta em sua defesa que está atrasado, para um compromisso, sujeitando-se a que o agente lhe retorque, que devia ter saído mais cedo de casa.

Ora é isto mesmo que pedro devia ter feito, em vez de ser um subserviente lambe botas, armado em menino bem comportado, devia desde o princípio defender os interesses do país e dos portugueses, não aceitando condições cujo cumprimento a qualquer custo, para além de provocarem o empobrecimento dos Portugueses, questionam também a constituição que jurou cumprir e fazer cumprir.

Não é o tribunal constitucional que faz as leis, limita-se a verificar a constitucionalidade das mesmas, desde que tal lhe seja solicitado nem tão pouco tem iniciativas políticas, estas pertencem aos partidos políticos com assento na assembleia da república, a estes cabe a alteração das leis que compõem a constituição, até lá esta é a constituição em vigor, gostemos dela ou não, é com a mesma que temos de viver.

Procurar adulterar ou dramatizar estes pressupostos só manifesta má-fé e procura camuflar a incompetência das medidas tomadas, este “teatrinho” do qual se adivinham futuros episódios, não contribui em nada para sairmos do “pântano” em que nos encontramos.

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