O Paulo das Medalhas

28-02-2012 23:50

Ontem Paul krugman foi agraciado com pasme-se, três doutoramentos honoris causa, ao que parece a crise não chegou a todo o lado, e duma assentada o distintíssimo economista leva meia dúzia de “medalhas” (á meia dúzia é mais barato).

Infelizmente começo a nutrir pelos economistas o mesmo tipo de empatia, que pelos advogados começando mesmo a julgar que tal como nesta classe profissional, também 500 economistas” debaixo de água”, seria um bom começo.

De acordo com o Nobel de economia, Portugal deve conseguir manter-se no euro, não tendo no entanto especificado em que se baseia esta sua previsão, partindo do princípio que os seus vaticínios, não se suportam em nenhum tarot, nem tão pouco na astrologia, a menos que a sua pretensão ao proferir tais declarações, tivessem como objectivo manter a cordialidade com os anfitriões, não fazem qualquer sentido pois ninguém pode neste momento dar essa garantia, nem sequer o ilustre agraciado.

Pena foi que no resto das afirmações efectuadas, não tenha procurado manter a mesma conveniência, de acordo com o “cérebro” para Portugal se tornar competitivo, será necessário que os vencimentos dos trabalhadores sofram um corte substancial? Ou seja os ordenados auferidos deviam ser cerca de 20% ou 30% mais baixos que os praticados na Alemanha! Mas não é exactamente isto que acontece neste momento? Ou aquilo que o “crânio” defende, é um abaixamento de mais 20% na média salarial actual em relação ao praticado pelos nossos “congéneres” alemães?

Disse ainda a criatura que não é necessário chegarmos aos valores salariais dos chineses, (que alivio) pois temos a nosso favor a posição geográfica entre outras particularidades que nos diferenciam dos chineses, como consolo a Nobel criatura é da opinião de que não devem os chinotugas serem sujeitos a mais medidas de austeridade. Não sou detentor de formação académica superior, tenho no entanto na área de economia uma formação de cerca de trinta anos, obtida na criação de uma família, e na aplicação prática da sustentabilidade da mesma em termos económicos ou financeiros, adequando as despesas ao orçamento disponível.

Obviamente isto implica que numa gestão criteriosa, os gastos não sejam superiores ao rendimento disponível, outra coisa porém é baixar esse rendimento de tal forma, que deixe de ser possível honrar os compromissos assumidos, isto não só provocaria a ruína das generalidades das famílias, como provocaria uma quebra na receita tributária (como já está a acontecer), e entraríamos numa espiral que traria a ruína á economia. A tese de que a solução para Portugal passa pela política dos baixos salários, para além de errada, é aquela que melhor serve os interesses de quem se esconde por detrás das palavras de Paul Krugman, provavelmente os mesmos que o agraciaram.

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