O Amigo do Lambretas

23-02-2012 19:45

Já decorreram vários dias desde a última vez que me senti com pachorra para escrever, sobre o que quer que fosse, infelizmente e de forma inadvertida cometi o lapso de ouvir as declarações de um fedelho, que sábiamente opinava acerca daquilo que devia ser a postura dos funcionários públicos caso não estivessem de acordo com a flexibilidade prevista e a implementar pelo executivo.

De acordo com o senhor João Rodrigo Pinho de Almeida, promissor deputado do CDS-PP, (aliás não lhe é conhecida qualquer outra actividade), os visados que não estejam de acordo, com as alterações que lhes venham a ser propostas, têm sempre a alternativa de procurar uma outra actividade, ou por outras palavras o que o rapazinho defende é que “a porta da rua é a serventia da casa”, e como tal, ou estão de acordo ou “tchau”.

Este tipo de pensamento não me choca, principalmente vindo de quem vem, não se pode exigir a alguém que nunca trabalhou, qualquer sensibilidade ou noção daquilo que porventura é ver o seu posto de trabalho em risco, por outro lado não deixa de ser constrangedor que de um partido politico que faz da família e da democracia cristã a sua bandeira, não venha alguém dizer ao “pequeno almeida”, que a aplicação linear do seu raciocínio, lança uma grande incógnita sobre esses mesmos valores, supostamente tão importantes para o seu partido.

Se a posição assumida é louvável pela frontalidade e clareza da mesma, no mínimo será eticamente pouco defensável, quando vista de uma perspectiva democrata-cristã, a menos que para o "pequeno almeida", esta perspectiva não seja aplicável aos funcionários públicos.

Mais recentes mas não menos surreais, foram as declarações do imparável “relvinhas”, de acordo com as suas palavras, é óbvio que no ano de 2013 o episódio da não tolerância carnavalesca se vai repetir.

Estas afirmações não deixam de ser estranhas, pois atendendo aquilo a que foi o impacto da medida do governo, na referida tolerância este ano, a atitude mais inteligente seria a do silêncio e deixar o assunto cair em esquecimento de forma que o enxovalho sofrido pelo primeiro-ministro fosse rapidamente esquecido.

 Espante-se, o senhor Relvas apesar de ter conhecimento da existência dos acordos colectivos de trabalho, que vinculam grande parte das empresas e de que a maioria das autarquias são frontalmente contra a referida medida, sendo o resultado no futuro previsivelmente idêntico ao agora verificado, veio insistir em manter a polémica viva, será caso para perguntar, quem é realmente o chefe do executivo, será mesmo o Pedro, não estará neste momento o senhor Relvas a minar a imagem do chefe do governo, prática em que já deu provas inequivocas de ser eximio.

O Pedro que se cuide pois os lobos andam por ai.

facebok