Muita Parra Pouca Uva

30-08-2011 19:00

 

 

Continuam a ser tornadas públicas, medidas que o governo pretende aplicar não se percebendo no entanto quando nem como, no caso concreto refiro-me às afirmações do puto que tutela o MSSS, de acordo com o Pedro Mota Soares, pretende-se reduzir o número dos cargos de chefia na segurança social, em cerca de 25%, com essa medida o estado irá garantir uma poupança anual de seis milhões de euros.

Isto dito assim até soa bem e parece fácil, mas como se propõe o empreendedor jovem executar tal façanha? Não estamos a falar de máquinas que têm um botão para desligar e pronto já está, quando se refere a cargos de chefia, está a falar de quadros médios e superiores que fazem parte dos quadros da função pública e dos quais o Harry Potter das scooters, só conseguirá ver-se livre quando os mesmos forem para a reforma, e ai teremos outro problema, as pensões douradas que em regra tais chefias auferem.

Quando se fala em extinção de 18 cargos de dirigentes distritais adjuntos da segurança social, com a inerente poupança de cerca de um milhão de euros, está-se a fazer um número mediático e um lamentável acto da mais primária demagogia, não é pelo facto dos tais lugares serem extintos que as pessoas que os ocupam vão deixar de receber os seus chorudos vencimentos, assim tais medidas fossem tão lineares e fáceis de concretizar, como o saque de 50% do subsidio de natal, bem como todas as medidas tomadas até agora, e essas sim com efeito prático e efectivo no bolso do cidadão comum.

Perante esta perspectiva e a menos que seja feito algum número de magia, a tal redução tão mediatizada pelo executivo, será exequível e terá impacto a muito longo prazo, não sendo concretizável nas legislaturas mais próximas, eventualmente e dependendo do rigor da aplicação das medidas, quando se verificar o impacto destas, provavelmente o promissor jovem ministro de agora, terá voltado a ser o apaixonado das scooters (ou talvez não) mas com mais uns anitos.

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