Frutos Secos

24-12-2011 13:07

 

Luís Figo numa inusitada entrevista, que confesso ainda não percebi bem em que contexto, declarou que está um bocado farto, que paga muitos impostos, e que pretende vender todos os negócios que detêm em Portugal.

Ora bem quantos portugueses não gostariam de poder fazer exactamente, o mesmo que o ex-craque de futebol, existe porém um pormenor, (por acaso é mais por maior), é que a generalidade dos portugueses, a única situação que têm em comum com Luís Figo, são os impostos que pagam, para além de que provavelmente muitos também estão um bocado fartos disto.

Como é do conhecimento geral o ex-futebolista, para além de ter sido bom jogador é conhecido também por ser um exímio gestor da sua imagem e implacável nos negócios, até aqui tudo bem, não se pode levar a mal que alguém defenda os seus interesses, quem não se recorda da polémica transferência do Barcelona para o Real de Madrid, Luís Figo nunca escondeu que era o dinheiro a sua única motivação, e mais uma vez ninguém lhe pode levar isso a mal.

No meu humilde ponto de vista, as posições assumidas agora pelo ex-jogador, pecam apenas pelo facto de que ao contrário da generalidade dos portugueses, desenvolveu a sua actividade, tendo sempre como pano de fundo a bandeira portuguesa, e tal facto assentou-lhe que nem uma luva, quando do mesmo tirou partido em proveito próprio nos negócios que veio a desenvolver, apesar de estar no seu direito legítimo fica-lhe bastante mal esta iniciativa logo agora, em que o seu país atravessa um dos períodos mais difíceis da sua história.

Já as suas afirmações acerca do facto de ter sido enganado como a generalidade dos portugueses, pelo ex-primeiro ministro, resulta das mesmas um outro pequeno “por maior”, é que no caso do “craque”, a colagem verificada ao “Pinóquio” valeu-lhe diversos contratos publicitários, com belíssimos encaixes financeiros, já a generalidade dos portugueses estão às costas com medidas de austeridade, e ao contrário de alguns ratos não podem abandonar o navio.

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