Freeport

19-07-2012 23:44

 

Está prevista para o dia 20 a leitura do acórdão do caso FREEPORT, confesso estou algo curioso para saber qual a substância do mesmo.

Para já espantosa foi a conclusão a que chegou o ministério público que ao fim de sete anos de inquéritos, apuradas investigações, recolha de testemunhos e depoimentos, conclui espante-se que não ficou provado durante o julgamento os factos de que vinham acusados os dois arguidos do processo.

Ou seja aqueles que tinham como obrigação provar ou tentar provar a existência de matéria punível por lei, são os que defendem a absolvição dos arguidos. Não que tal facto por si só me choque, pelo contrário a não haver provas do ilícito, logico será absolver e não condenar, até aqui tudo bem, o que está menos bem são as verbas gastas num processo judicial que se arrastou penosamente durante anos e cujo resultado seria mais que previsível.

Resta perguntar a quem serviu ou sobre que pretextos se arrastou um processo judicial, vou ainda mais longe, fará algum sentido ter o ministério público avançado com o caso para julgamento, quando agora pelo desfecho verificado parece nada existir que o justificasse.

Estaremos perante um caso que foi mantido ao longo dos anos em “banho-maria”, e que de forma cirúrgica com fins poucos claros era trazido é liça de quando em quando, a sim ser é grave, pois não só se aproveitou um pseudo caso judicial em prol de obscuros interesses, que para além de desprestigiante para a justiça, enquadra gastos do erário público inconcebíveis.

No que respeita ao prestígio da justiça, basta ver os interesses promíscuos dos gabinetes de advogados que um dia litigam os interesses de grupos privados para no dia seguinte, supostamente defenderem os interesses públicos ao serviço do governo, não será a este tipo de situação que se estaria a referir o bispo D. Januário.

Constatei que foram muitos os que vieram condenar as declarações do bispo das forças armadas, alguns uns rapazolas, sem qualquer prova dada no passado e a quem não se conhece qualquer mais-valia em prol da sociedade, no entanto quando alguns iluminados fascistas, vem sem pudor dizer que a constituição portuguesa devia ser enfiada numa gaveta e esquecida, e criticam o Tribunal Constitucional, por fazer cumprir a mesma, tudo está bem e nada se passa.

O país que estes iluminados defendem, é aquele em que no dia de Portugal se distribuem umas medalhas por uns Antónios Lobos Xavieres quaisquer, sabe lá o diabo por que carga de água.

O país que eu concebo, é tão digno ou de igual violência, as palavras proferidas por Otelo Saraiva Carvalho, quando defende uma nova revolução, como as proferidas por aqueles que por força de uma pseuda necessidade nacional, acham que não se deve cumprir a constituição.

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