Faz de Conta.

28-09-2015 22:58

Faltam poucos dias para escolhermos quem nos próximos (supostamente) quatro anos, irá ter o privilégio de definir os desígnios da nossa grandiosa nação.

 Ironias á parte, e partindo do principio que esses desígnios já há muito que estão traçados e não dependem nem passam pela nossa vontade, é neste momento que me ocorre a heresia de pensar na inutilidade destas eleições.

Mas se atentarmos nas “sondagens” diárias e na inexplicável incapacidade de existirem entendimentos entre os partidos de esquerda, o sacrilégio cometido tem imensas atenuantes, não é que faça alguma fé nas tais sondagens, apesar da proficuidade das mesmas poderem mesmo ter um efeito nefasto no resultado eleitoral, existem  duas linhas de pensamento distintas, uma delas defende que o simples facto da vantagem dos “PAF`s”, poderá ter um efeito contraproducente e levar alguns indecisos a votar maciçamente no PS, por outro lado há quem defenda que o efeito das repetidas sondagens, poderá induzir o voto na coligação de direita, tipo "maria vai com as outras".

Muito francamente é caso para dizer “venha o diabo e escolha”, se por um lado temos um governo que consegue passar incólume a quatro anos de austeridade, que vetou milhares de portugueses á miséria, provocou um retrocesso de décadas, destruiu milhares de empresas, precarizou as leis laborais, e que agora se esconde por detrás de uma coligação, com uma designação que não podia ser mais despudorada e ou realista, na realidade Portugal está á frente, do desemprego; miséria social; pobreza infantil; carga fiscal; baixos salários; cortes na saúde e na educação.

Mas o facto é que parece que estamos perante outra  gente, sobre a farsa do PAF têm conseguido passar inatingidos, e passar a imagem de um país imaginário, contando para o efeito com a complacência da generalidade da comunicação social e dos comentadores políticos há muito estrategicamente colocados em pontos chaves, só assim se explica a patranha da descida do desemprego, quando na realidade o que se oferece são estágios pagos em parte pelo erário públicos, só uma incapacidade acrítica permitiria que um qualquer badameco travestido de primeiro ministro, afirmasse sem qualquer pudor que a não venda do Novo Banco, até era positiva pois assim o estado estaria a lucrar com os juros do dinheiro colocado no fundo de resolução…a ser assim coloque-se mais dinheiro nesse fundo e venham de lá esses juros… são apenas dois exemplos do que tem sido esta campanha, estes gajos sempre mentiram e continuam a fazê-lo, sem que ninguém os interpele.

Já o PS, para além de propostas de crescimento económico sujeitas a imensas variáveis e incógnitas, que não dependem directamente de si ,continua sem assumir que parte da solução passa por admitir que a divida publica é impagável e o único caminho é a sua restruturação, o abraçar desta ideia abriria soluções governativas á esquerda e libertaria os Portugueses desta sina de alternância entre os chamados partidos do “arco da governação”, que nos trouxe até onde nos encontramos.

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