Cortar a Relva

25-08-2011 19:05

 Mais um portento deste governo, o ministro-adjunto e dos assuntos parlamentares o Sr. Miguel Relvas, trouxe agora a público mais um caso evidente de má gestão do anterior governo, ao que parece o solicito governante foi dar com uma sala, imagine-se fechada á chave onde estavam escondidas umas facturas por pagar, relacionadas com o instituto do desporto, curiosamente o “Relvinhas”, estava na comissão parlamentar de educação, exactamente para esclarecer os moldes da fusão entre este e o instituto português da juventude, obviamente que esta questão e as consequências da mesma foram relegadas para um segundo plano.

A ideia que fica é que o aparecimento das tais facturas não podia ter sido mais oportuno, sendo este facto só por si, motivo mais que justificável para reestruturar os referidos institutos, ou seja há falta de melhor, aqui estão estas facturazinhas que o sacana do “Pinóquio” tinha escondido naquela salinha lá do fundo.

Sem dúvida que é importante esclarecer, que facturas são estas em que contexto é que as mesmas ainda estão por pagar, quem são os credores e porquê é que ainda não vieram á praça pública reclamar o pagamento das mesmas, faltou ao “Relvinhas” esclarecer estas questões.

Aliás este cavalheiro já demonstrou grande versatilidade nos meandros políticos, trata-se do verdadeiro “braço armado” deste governo, especialista em “guerrilha urbana”, quem não se lembra da participação activa assumida pelo próprio no testemunho dado no caso Portucale.

Em tribunal, Miguel Relvas afirmou “Tratei destes assuntos com quem tinha de tratar, com o Dr. Abel Pinheiro, e se entendesse que algum destes casos não era bom para o país não me tinha empenhado”, acrescentou.
Um dos juízes mostrou-se admirado com a intervenção de um secretário-geral de um partido, em questões governamentais e questionou Miguel Relvas sobre isso.
A testemunha confirmou a sua intervenção de forma a agilizar procedimentos e combater a burocracia, explicando que o Governo estava em gestão, “uma fase em que tudo estava desmembrado e era tudo muito complicado”, garantindo, porém, que tudo fez em nome do interesse público. (este interesse público viria a dar origem a este processo judicial a decorrer) “Também gostaria que não fosse assim, mas, enfim, já estávamos na fase final do Governo… tem toda a razão”, disse a testemunha, recordando que tinha sido secretário de Estado da Administração Local e que tinha muitos contactos com autarcas.
O processo Portucale tem 11 arguidos, entre os quais Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS e administrador do grupo Grão Pará, que está acusado de tráfico de influências e falsificação de documentos. Está relacionado com o corte de cerca de 2.000 sobreiros (espécie protegida em Portugal) na herdade da Vargem Fresca, em Benavente, para a construção de um empreendimento turístico.

Para os que ainda não conheciam esta faceta do promissor governante, aqui fica um pequeno aperitivo das suas capacidades, é caso para dizer ao “Relvinhas” quem tem telhados de vidro não deve mandar pedras aos vizinhos.

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