Cabeçinha Pensadora II

08-09-2011 12:35

 Decididamente o prémio “jovem promissor do ano 2011”, está definitivamente entregue, o inigualável Pedro Mota Soares, o scooter mais radical deste governo, arrecada assim esta distinção de forma que podemos considerar irrepreensível e completamente merecida.

Da mesma forma que tinha resolvido o problema da falta de vagas nas creches e infantários, resolveu agora a questão dos lares. Simples basta mudar a lei e as regras, segundo o titular do MSSS, estas burocratizavam o processo, ao que parece obrigava os detentores dos lares ilegais andarem de moradia em moradia com os idosos às costas, ao ritmo da fiscalização dos técnicos da segurança social, com a alteração da lei este problema não só fica resolvido, como supostamente irá fomentar a abertura de novos depósitos de velhos, perdão queria dizer lares.

Se analisarmos aquilo que tem sido a actuação deste governo nos poucos meses que passaram desde sua eleição, o que sobressai são por um lado o aumento dos impostos (quantos pec´s?), ao mesmo tempo que são tomadas medidas que inequivocamente visam piorar a qualidade dos serviços prestados á sociedade, não é necessário nenhum raciocínio de génio para concluir que se num berçário for permitido um maior número de crianças, com o mesmo número de educadores os cuidados prestados diminuem, este mesmo raciocínio é aplicável á temática dos lares.

 Como estamos obviamente a falar de cuidados cuja prestação tem um custo, sendo um negócio apetecível para muitas IPSS e misericórdias, o aligeirar das regras de licenciamento e funcionamento de instituições do género, é no mínimo questionável.

Com este tipo de iniciativa o estado furta-se às suas responsabilidades, delegando as mesmas em instituições particulares, com a agravante de baixar os parâmetros de exigência na prestação de cuidados essenciais, neste momento já são permitidos nos “lares” das misericórdias, três idosos em quartos com cerca de seis metros quadrados, e realço que na sua esmagadora maioria e ao contrário do que muitos pensam a permanência nestes espaços é paga ou pelos próprios ou comparticipada pelo estado, infelizmente como em tudo na vida é para muitos apenas mais um negocio que agora tomou com as alterações promovidas, um novo fôlego.

A continuarmos neste rumo um destes dias acordamos e em vez de uma segurança social, teremos uma misericórdia nacional, sendo este desígnio uma pura ideologia politica dos que agora nos desgovernam.

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