Anonas, Erva e Vacas a Rir
O título escolhido, exemplifica a confusão de ideias que vai na cabeça do mais alto magistrado da nação, pelo qual aliás nutro um carinho muito especial e nessa condição estou sempre disponível para tentar explicar ao comum dos mortais os complexos raciocínios elaborados pela criatura.
De visita ao arquipélago dos açores, decidiu o vosso presidente assumir publicamente que tem por hábito praticar a poda. Não suas mentes depravadas, eu disse poda, já aquilo em que estavam a pensar, presumo que para grande infelicidade da primeira-dama, tal já será muito raro lá para os lados de Belém, e ao que parece até a própria poda praticada nas anonas é tempo perdido, pois de acordo com um outro praticante de podas a referida arvore é pouco susceptível á pratica da poda. Bem o melhor é parar aqui, pois com tanta poda, às tantas ainda me engano e foge-me o dedo para a letra errada (isso é que era serviço diria a primeira dama).
Mas a referida viagem teve outras particularidades, no mínimo peculiares ao que parece as vacas nos açores riem-se ao olharem para a erva, ao contrário das do continente que em regra só se riem com os efeitos da erva.
A ser verdade aquilo que os olhos do vosso presidente viram e não existem motivos para duvidarmos da sua visão (já a sua sanidade mental é outra conversa), a tal erva deve ser um espectáculo, só de olhar para ela começamos logo a rir, bem pelo menos as vacas começam.
A constatação da criatura teve como principal consequência a saída em massa dos arrumadores de carros que juntando os trocos da sua útil actividade, procuram por todos os meios chegar ao idílico arquipélago, com o pensamento nos bestiais charros que vão enrolar com os excrementos das vaquinhas.
A tal ervinha seria uma maravilha para atenuar os efeitos das podas que este governo nos têm dado, enquanto as anonas crescem e as vacas riem.