Aldrabão, Incompetente ou Ambos

28-02-2013 21:17

 

Não sei o que passará pela cabeça da maioria dos portugueses, mas imagino que muitos tal como eu se questionem acerca da tão propalada competência do nosso ministro das finanças, seria suposto que alguém com provas dadas (?) de elevados conhecimentos económicos, conseguisse pelo menos acertar uma previsão, apenas uma, mas não como diz o povo, Gaspar “não dá uma para a caixa”.

A menos que falhe de propósito, ou dito de outra forma, a menos que para além de reputado economista, seja também um refinado mentiroso e que ande desde o princípio a enganar-nos a todos. Não sei bem porquê mas inclino-me mais para esta segunda hipótese, pois parece-me impossível alguém ser assim tão incompetente, mesmo Gaspar.

Obviamente que todas as medidas até agora tomadas, entre aumento de impostos, redução de vencimentos, o roubo das reformas, a privatização de todas as empresas estratégicas para o país e com valor, para além de simples e de fácil execução, tem um único objectivo tornar os portugueses mais pobres, e a força do seu trabalho mais barata e apetecível para os mercados.

Correndo o risco de alguma falsa modéstia, afirmo que estes senhores a mim nunca me enganaram, muito pelo contrário para os que estiveram atentos aos discursos iniciais de Pedro, este disse logo ai ao que vinha, afirmando que depois da sua passagem e do seu gangue, não restaria pedra sobre pedra, confesso que vejo com imenso espanto e alguma estranheza, como é que ainda existem portugueses que continuam de forma indefectivel a defender alguém que mais não fez até agora, do que esbulha-los do pouco que possuíam para manter uma vida digna.

Alguns de vós estarão a pensar, a treta do costume, só sabe criticar, soluções nada, a esses respondo, então as parcerias publico provadas, as tais que supostamente assentam nos tais contratos leoninos (pobre sporting), em que os interesses da nossa pátria não foram devidamente acautelados, não podem esses contratos a confirmar-se a sua má índole serem pura e simplesmente negociados ou anulados? Não claro que não dirá Pedro e a sua pandilha, pois isso seria muito mau para a credibilidade de Portugal, a verdadeira razão pela qual esses contratos são intocáveis, é o simples facto de que por detrás dessas parcerias, estão um bando de malfeitores e especuladores que financiaram esses esquemas, e aos quais nem Pedro nem Seguro podem afrontar. Em relação á banca nacional passa-se exatamente a mesma impunidade, continuamos todos nós a pagar os devaneios de uma banca, que durante uma década financiou esquemas fantasiosos, em que alguns de forma ilegal e totalmente impunes fizeram fortunas.

Para os que julgam inexequível algo deste género, vejam o que fizeram os islandeses.

Mais uma vez falo por mim, mas parece-me mais que chegada a hora dos portugueses, dizerem basta e exigirem que aconteçam mudanças efetivas na politica em Portugal, e neste ponto não existem inocentes no espectro partidário nacional, o imbróglio da limitação de mandatos do poder local é o exemplo claro do pântano em que está mergulhada a nossa democracia, uma medida tomada em nome de uma maior transparência, que na prática não altera nada, a não ser condicionar a vontade dos portugueses em continuarem e eleger de forma democrática quem bem entendem.

Bem melhor seria esclarecer e definir quais as actividades, permitidas aos deputados no exercício dos seus mandatos, chega a ser escandaloso que os mesmos que fazem e aprovam as leis no parlamento, são os mesmos que nas suas firmas de advogados sem qualquer pudor se colocam ao serviço dos grandes grupos económicos, usando as leis que ajudaram a aprovar, muitas vezes em matérias que colidem com os interesses da pátria e do povo que os elegeu, esta matéria é mais uma vez transversal a todos os partidos, principalmente aqueles designados como os do “arco do governo”.

Por fim aproveito para recordar que no próximo dia 03 de março, vai decorrer uma manifestação que poderá fazer toda a diferença, para já conseguiu condicionar o governo na apresentação de mais um conjunto de malfeitorias, já acordadas com a troika, faltando no entanto coragem ao Pedro para as anunciar antes da referida manifestação.

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