A Brincar na Relva

08-01-2012 12:29

 

Estes camelos que nos desgovernam, perdoem-me a expressão insistem em apontar a imigração, aos jovens licenciados que não vêem em Portugal a resposta às suas legitimas ambições profissionais.

Será que estes cavalheiros ainda não entenderam que os jovens, não necessitam que os mandem embora, que eles são os primeiros a tomar essa iniciativa, e que o papel do “relvinhas” e dos seus pares devia ser exactamente o contrário, e como parece ser, se nada de positivo tivessem para dizer aos recém-licenciados, mais valia estarem calados ou como diz o povo guardarem a viola no saco, e fazerem figas que após o fim da crise lá para meados de 2016, ainda existam portugueses qualificados em Portugal.

Não pelos vistos o Relvas e os amigos, já deixaram de acreditar na Europa, e julgam que o futuro está nos mercados de outros paralelos, dando o exemplo de Moçambique onde recentemente havia estado, e ficado agradado com a capacidade que jovens licenciados, revelaram em se adaptarem a novas realidades. Alguém diga a este senhor que para constatar ou atestar da capacidade de alguém se adaptar a novas realidades, não necessita de ir tão longe, basta estar atento às alterações verificadas nos seios familiares, devido às medidas de austeridade tomadas pelo governo de que faz parte, e que transformaram a realidade destas famílias para pior.

Efectivamente o ser humano denota uma capacidade impar de adaptação às circunstâncias envolventes, porém dai não se pode concluir como pretendeu o ministro-adjunto e dos assuntos parlamentares, em qualquer predisposição genética própria dos portugueses em emigrarem. Querer estabelecer qualquer comparação, com os portugueses que á data dos descobrimentos partiram por esses oceanos á conquista de novos mundos, com a realidade dos jovens licenciados, é no mínimo um acto de má fé e pura demagogia retórica e política, muito característica da parte de quem a pratica.

 Tem razão porém ao afirmar que esta é uma emigração muito bem preparada, pois trata-se de gerações em que o estado investiu muito nos últimos 20 anos, pena é que sejam outros a tirar o partido desse investimento.

Felizmente que os países idealizados como destino pelo Relvas, têm por norma dirigentes políticos de nível idêntico ao nosso, caso contrário correriam os cidadãos desses países, o risco de verem nas suas hostes de dirigentes, alguns dos políticos profissionais de Portugal que tal como o Relvas, nunca fizeram mais nada na vida do que exercer cargos políticos.

Relvas e outros como ele, que sempre viveram á sombra do estado e de vencimentos pagos pelo mesmo, deviam engasgar-se ou morder a língua quando abrem a boca para sugerir destinos ou opinar sobre a vida dos recém-licenciados.

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