Antes Morrer de Pé do que Viver de Joelhos

28-11-2013 20:00

Ocorreu um encontro de personagens "notáveis" de vários quadrantes políticos, com o objectivo de defender a constituição, ou pelo menos exigir que a mesma seja respeitada e cumprida, esta preocupação com a lei primordial do país é perfeitamente justificável, sendo aceitável que a mesma seja transversal a todos cidadãos democratas, independentemente da sua propensão partidária.

Já menos aceitável é o facto de tal iniciativa ter como principal promotor Mário Soares, não porque não lhe assista esse direito, muito pelo contrário, mas convenhamos a criatura com a sua provecta idade, há muito que devia estar sossegadinho no recato do lar.

Confesso que sempre tive alguma dificuldade em sentir alguma proximidade das posições políticas ou empatia pessoal pelo Mário Soares, se a sua carreira política é pontuada por vicissitudes e equívocos, já a sua postura pessoal está inevitavelmente conotada com diversas atitudes grosseiras, denotando ser alguém de trato difícil com laivos de má educação.

Independentemente desta opinião pessoal, reconheço-lhe o mérito de ser um defensor convicto da república da constituição e da democracia, ficando inexoravelmente ligado à história portuguesa como uma das figuras que mais contribuíram para a implementação de um estado plural em Portugal.

Na realidade vivemos tempos extremos, em que seriam exigíveis comportamentos e atitudes à altura dos mesmos e que dignificassem as instituições, infelizmente as dificuldades e o esbulho que nos foi imposto é para muitos a regra que se sobrepõe a tudo.

Já por diversas vezes aqui manifestei a opinião de que não é a constituição que deve obstar à governabilidade do país, cabendo sim a quem foi delegada a responsabilidade de governar, fazê-lo de acordo com a constituição.

Esta é a única perspectiva possível, não porquê a constituição seja perfeita e esteja isenta de defeitos, e não seja passível de ser a sua bondade questionada, todos nós efectuamos este raciocínio ao cumprir as mais variadas leis que regulam o nosso dia-a-dia, não pode porém o cidadão comum alegar o não cumprimento da lei pelo simples facto de não concordar com a mesma, sob risco de tal atitude anarquizar irremediavelmente a sociedade.

Aquilo que devia servir para agregar os portugueses, é utilizado para os dividir, quando a palavra de ordem devia ser uma nação, uma bandeira e uma constituição, e sob estes desígnios fomentar uma verdadeira união, e defender os interesses do País a opção tem sido exactamente a contrária, assente na subserviência que já roça os limites do tolerável estes governantes e em particular o seu primeiro-ministro adoptaram uma postura de permanente deslealdade para com os seus concidadãos, e para com a sua Pátria.

É vergonhosa a falta de decoro e sentido de estado com que o rapazote do Pedro, se presta a opinar sobre as eventuais deliberações de um órgão de soberania Nacional, fora das fronteiras do seu País, o seu sorriso ignóbil e cínico quando se pronuncia sobre este assunto é só por si demonstrativo do seu carácter.

Haja alguém que lhe recorde, que o seu primeiro dever na qualidade do poder que lhe foi investido, é servir o seu País e honrar os Portugueses, o contrário disto são meros actos de cobardia e traição a Portugal.

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