Álvaro +

30-08-2011 19:30

 

Finalmente foram tornadas públicas as míticas tarifas sociais, a aplicar nos transportes públicos, de acordo com a imprensa o ministério do “Tio Álvaro”, estipulou os 545 euros como patamar até ao qual alguns felizes contemplados das metrópoles do porto e Lisboa, vão poder beneficiar do” passe social +”.

Social mais, foi a escolha para a designação daquele que é o resultado de mais uma medida que apenas visa criar dentro do universo dos utilizadores dos transportes públicos duas classes, os coitadinhos e os que para lá caminham.

 É realmente constrangedora a forma quase piedosa com que o “canadense independente” vem anunciar tal medida, que de acordo com o mesmo se enquadra no esforço do governo e do seu ministério na promoção da justiça e protecção social dos agregados familiares de menores rendimentos.

Confesso fiquei com uma lágrima no canto do olho, aqui está um homem valoroso, que atravessa o oceano com o propósito de apresentar um livro e quando vê que a pátria amada precisa dele não hesita, vamos lá transformar isto num novo canada (existem famílias carenciadas no canada?).

Vamos a cenas que realmente interessam, qual o impacto desta medida? Quantas pessoas vão usufruir do tal desconto? Os empresários em nome individual que fazem descontos sobre o ordenado mínimo e outros que fogem as suas responsabilidades contributivas vão também ser abrangidos pelo “social +”.

Porque só as metrópoles do porto e Lisboa, então e as outras cidades, e os meios rurais, ai não existem famílias carenciadas? Como é que se deslocam? Para quando o combustível social?

O que o “Tio Álvaro” está a fazer é a pôr em prática o seu livrinho, no país dos alces de onde ele nunca devia ter saído não existem passes sociais, nem nada que tenha a designação social, o conceito é o mesmo dos USA, utilizas pagas e ponto final. É isto que este senhor deve dizer aos portugueses e deixar-se de arezinhos de padre pimentinha, como quem não faz mal a uma mosca, quando depois na intimidade da sacristia bebe uns copos valentes.

Porque é que não se começa a tratar das empresas de transportes públicos, revendo os vencimentos milionários dos seus administradores e todas as suas regalias, não devia ser essa a primeira medida a tomar, para diminuir os prejuízos das mesmas? Não obviamente que não, o que diz o livrinho do “Tio Álvaro” é que devem-se subir as tarifas, na eventualidade de num futuro próximo as transportadoras serem apetecíveis para o capital e assim serem privatizadas.

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