Águias Pesqueiras em Portugal

18-08-2011 19:00

 

 

Em Portugal a águia pesqueira encontra-se em vias de extinção como residente e “em perigo” como hibernante, de acordo com a última edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

Há quanto tempo esta espécie não nidifica em Portugal? E porque razões?

A águia-pesqueira ou guincho (Pandion haliaetus), como a espécie era conhecida na costa portuguesa, extinguiu-se como reprodutora em 1997, após um longo processo de declínio iniciado no início do século XX.

 A principal causa do declínio terá sido a perseguição sistemática fomentada pelo Estado a partir de 1938 e que se terá prolongado até à protecção legal da espécie em 1967, embora a protecção efectiva da espécie só tenha ocorrido com a criação das áreas protegidas costeiras e sobretudo com a interdição da caça em toda a costa rochosa

A águia pesqueira alimenta-se quase exclusivamente de peixe, tanto de água doce como marinhos. As presas mais frequentes em Portugal são, nas zonas costeiras, os sargos e os robalos. Os ambientes estuarinos constituem também uma reserva importante de alimento, que inclui tainhas, entre outras espécies. De entre as espécies de água doce salientam-se as carpas como presas preferidas. O consumo diário ronda as 200-400g de peixe.

O alimento é obtido debaixo de água, mergulhando a partir de uma altura variável, desde os 5 até aos 70 m. Mantém uma posição no ar enquanto procuram a presa, peneirando ou planando, lançando-se de seguida com uma inclinação de cerca de 45º, capturando-a com as patas esticadas para a frente.

Embora raramente, pode incluir na sua dieta pequenos mamíferos, aves, répteis (a lagartagem que se cuide) anfíbios e também crustáceos e outros invertebrados.

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